Tema difícil e amargo para mim. Sempre que sou obrigado a tocar no assunto, pouco racionalizo e o tom emotivo toma conta de minhas palavras. Veja meus dois outros blogs e minhas mensagens de Facebook. Em agosto de 2009 no Donideias009 comentei a agressão a uma professora catarinense.
Uma professora de escola pública de Florianópolis em Santa Catarina, levou mais de vinte tapas de uma mãe de aluna que a teria procurado na escola para "conversar!" A agressão ocorreu na Escola de Aplicação do IEE (Instituto Estadual de Ensino) onde estudam pelo menos 5000 alunos. Além dos tapas no rosto, a professora recebeu ponta pés no peito e na barriga. A agressão ocorreu na frente dos alunos. A professora mesmo caída continuou sendo agredida. O motivo teria sido um fato irrelevante em sala de aula. Um sorteio de um chiclete com uma tatuagem deixou de fora a filha da agressora. Esta, muito nervosa chutou a carteira. A professora tentou pegar-lhe a agenda para comunicar aos pais. Houve uma confusão em sala e a aluna teria dois arranhões no pescoço. Enfim, motivo torpe para uma agressão brutal. Boletim de Ocorrência, agressora solta e professora pra lá de traumatizada. Aumenta a cada ano o número de professores agredidos em sala de aula. Muitos são obrigados a se licenciarem para tratamento. Dados do Caderno Sinapse do Jornal Folha de São Paulo (março 2008), preveem que em poucos anos haverá um "apagão docente" no país. Além da baixíssima procura pela profissão, é crescente o número de profissionais que se afastam. Como se não bastasse os baixos salários e o descaso das autoridades com relação a Educação pública do pais, a violência agora passou a fazer parte da interminável lista de problemas por quais passam os professores. Nunca fui agredido em sala de aula. Houve ameaças tímidas de agressão verbal, mas na defesa da integridade física, revidaria a altura qualquer tipo de tentativa dessas. Comportamento ridículo de uma sociedade idiotizada pela ditadura adolescente que hoje imagina comandar o mundo. A agressora, provavelmente uma semi letrada que não terminou os estudos ou sequer um dia tenha dado valor aos mesmos. Se transformou num adulto monstro, semi letrado ocupando as piores funções do mercado de trabalho e vivendo de favores alheios. Aí ela está, aí vai ficar e na pior, talvez com uma professora a menos na escola da filha que provavelmente segue o mesmo caminho.
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